domingo, 9 de janeiro de 2011

30 de Janeiro de 2005

Hoje eu me sinto um tanto bem
Como hoje eu não poderia estar.
Engraçado é perceber,
E mesmo assim continuar e viver.

Como consigo ser e só ser?
Como posso pensar em não pensar?
Como penso admirar os que não pensam?
Paradoxo ou razão?

Mente?
Pecado?
Perdão!

Ah! Eu só quero dormir.
Foi 2x1 para o tricolor, vou dormir.
Quero acabar a cerveja e dormir.
Dormir é mais difícil no calor
Mas a garrafa teima em não secar.

O que há de errado em sonhar?
O que há de errado em chorar?
Por que as palavras têm acento?
Fo-da-se o correto e o legal!
Fo-da-se o concreto e o real!
Ilícito sou eu e minha sina
É viver pelas bordas do normal e racional.

Eu quero a melhor cerveja!

Morte e vida,
Vida e sorte!
Azar o meu por viver e não conciliar.

Estúpida razão que me permeia e delimita...
Linhas!
Não ultrapasso as linhas!
Dói, machuca e sangra:
Escapa a alma num pedaço de almaço.

Linha!
Por isso ando na linha!
Sigo a risca! Pau mandado!
Risca, linha! Social, democrata!

Ah! Nada disto se aproveita!
Sangue e alumínio se aproveitam.
Córnea e fígado se aproveitam.
Ferro e vidro se aproveitam.

Vale muito o muito pouco.
Muito pouco vale o muito?
Vale muito ou pouco?
E quanto vale um muito louco?

Ladeira abaixo! A vala ao bueiro!
Água, lixo e o real.

Seleção de valas é o que venho apresentar.
Ignorem-me!
Sou apenas mais um.
Dispondo de ganância,
Disputo a atenção de alguns
E não valho o que como ou bebo.

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