domingo, 12 de dezembro de 2010

Aborto

Que há de certo e errado
Entre as coisas da vida?
Que há de eterno num ser
Se tudo tende a falecer?

Olhe nos meus olhos,
Conte com sinceridade
Três coisas boas que fiz;
Três coisas proveitosas que falei.
Diga com sincera opinião
E por três vezes
Estará operando um milagre;
E será canonizado
Por ajudar um imbecil,
Um falsário moribundo
A não encarar uma triste realidade.

Que há de errado
Entre certas coisas da vida?
Que há de morto
Numa eternidade que não falha?

Olhando seus olhos
Descobri a única coisa errada
Que realmente fiz na vida.
Meu grande erro,
Meu único erro
Foi covardemente nascer.
Poderia eu ter abortado da vida,
Pois a vida para mim e por hora
Não passou de um grande aborto.

Um comentário:

  1. Excelente poema brother! Mais uma vez, parabéns!
    Não ando comentando muito aqui, mas to sempre lendo!
    Deixou uma mensagem uma profunda no final, gostei bastante!

    Abraço!

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