sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Pâmela

Nasci pra ser sozinho
Nunca paro num lugar
Por mais que a vida inventa
Tem um mal que me atormenta:
É a porra do azar.

Nasci pra ser sozinho
Nasci para jogar
Ganhei do mundo inteiro
Só não consegui dinheiro
E um alguém pra me amar.

A terra virou lama
Aqui vou afundar
O amor é traiçoeiro
Atormenta o dia inteiro
E a noite faz chorar.

A pan-americana
Que hoje me faz sofrer
Não foi minha primeira
Aventura passageira
Mas sua falta faz doer.

É planta ainda rasteira
Não brota e nem dá flor
Enquanto cai orvalho
Eu daqui corto o meu baralho:
Espero a sorte, o seu amor.

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