sábado, 20 de novembro de 2010

Minuano

Um Minuano se levanta
Voa em qualquer lugar
Hoje eu sinto, a saudade é tanta
Parece congelar.

Sua falta é certa como o frio
Nesses mares do sul
A navalha corta sem ter fio
A ilusão é azul.
O que aquece, cobertor e fogo
Em vão vão me aquecer
Nada se esquece, não se muda o jogo
Eu tento esquecer.

Um Minuano se levanta
Voa em qualquer lugar
Um Minuano em Atlanta
Ou onde quer que eu vá.

Sou para o vento como um pára-raios
Para os clarões do céu
A solidão congela o mês de maio
O exílio é o meu véu.
O frio da cidade abriga
O calor de um coração
Vim esquecer uma paixão antiga
Perdi minha razão.

Um Minuano se levanta
E segue a soprar
Aqui não basta cobertor ou manta:
Tento me acostumar.

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